Agora que já estamos familiarizados com a Pirâmide de Freytag, a formula usada nos 3 anúncios virais que estamos analisando, é hora de ver a teoria aplicada em cada caso.

“Isso é o que a Guerra faz com as Crianças” de Save the Children

Ato 1: Exposição

O propósito era criar uma fundação e abrir a porta para uma sequência maior de ações, a exposição foi feita no começo onde vemos uma garotinha comemorando seu aniversário.

Ato 2: Complicação

Uma série de ações constroem a história em antecipação ao clímax, aqui nós temos vários momentos que mostram a vida da garota antes da guerra.

Ato 3: Clímax

A Guerra atinge Londres, um cenário de um mundo paralelo destacando o caso das crianças sírias.

Ato 4: Inversão

A inversão é metade espelho do Ato 2, a complicação é metade ponte para o Ato 5. Agora que a guerra atingiu Londres, nós vemos como a vida da garotinha mudou. Não podemos deixar de notar a que a vida que ela levava está apenas piorando, ficando mais sombria a cada dia que passa. Mesmo a ajuda que achávamos que teria algum valor, tem pouco efeito na desigualdade da situação dela e o trauma que ela já enfrentou.

Ato 5: Desfecho

Chamado de ‘a libertação’, o desfecho é geralmente o ponto onde os anunciantes tentam chamar atenção ao produto/serviço. Um ano se passou desde que o anúncio começou e nós vemos a garotinha comemorando seu aniversário como uma pessoa totalmente diferente num mundo totalmente diferente – sem esperança de voltar para a casa que perdeu na guerra.

Dia Internacional da Mulher da PSA

Ato 1: Exposição

Sem afiliação ou endosso do Google, uma equipe criativa de Londres fez um comercial para a PSA destacando a violência doméstica aproveitando o Dia Internacional da Mulher. A ideia era se colocar nos lugar dos outros – o que parece estranho a princípio, mas rapidamente nos acostumamos e caminhamos juntos com essa mulher brilhante e animada de 20 e poucos anos…

Ato 2: Complicação

Estar no lugar dos outros é tarefa difícil, especialmente em um anúncio. O objetivo aqui é fazer você gostar dessa mulher ou pelo menos sentir um pouco de simpatia por ela. Anunciantes não tem muito tempo para isso, então eles fazem isso das maneiras possíveis. Seja na escolha de roupas, mostrando onde ela mora, como ela interage com as outras pessoas – todos esses detalhes mostram uma mulher jovem, de classe média que é feliz, gentil, sempre na moda e tranquila. Resumindo, ela poderia ser sua vizinha, namorada ou colega de faculdade.

Ato 3: Clímax

O clímax começa já a mexer conosco ao mostrar a Mulher voltando para casa depois de um dia cheio de tarefas e de encontro com amigos. Todos que estiveram com ela, todos que nós vimos interagirem com ela, foram positivos. Ainda sim, quando ela volta para casa, nós vemos o companheiro dela, a distância (em uma nova perspectiva separada da do restante do anúncio) e ele não está responsivo. Nós sabemos que algo está errado e o clímax chega no momento em que ele interage com ela, quando ele deduz que ela fez algo errado que a maioria das pessoas não consideraria relevante.

Ato 4: Inversão

Nesse caso a inversão leva alguns segundos, do momento em que ele ‘cumprimenta’ ela ao momento em que o abuso começa. Relembrando que a inversão geralmente reflete a complicação (Ato 2), nós vemos a antítese do que imaginávamos de como era a vida dela e a realidade.

Ato 5: Desfecho

O comercial atinge fundo quando os nossos ‘olhos’ são lançados longe e estamos assistindo ela de um canto da cozinha – assistindo e incapaz de agir. Parece um pequeno detalhe, mas este fato é onde o desfecho acontece. Como uma mosca na parede, nós vemos os horrores que essa Mulher adorável vive e assistimos ao anúncio chocados com a nossa própria ignorância em achar que apenas uma certa parte da população feminina sofre abuso quando na verdade o abuso invade as fronteiras fictícias…

“O Me! O Life!” do iPad Air

Ato 1: Exposição

Junte o poema de Walt Whitman, “O Me! O Life!” recitado por Robin Williams (em Sociedade dos Poetas Mortos), e uma composição muito maneira e imagens lindíssimas. É genial e um dos poucos anúncios que não conseguimos evitar em mergulhar nos estímulos sensoriais. A exposição começa com tons musicais lentos e grandes imagens capturada como se nós estivéssemos experimentando essas visões.

Ato 2: Complicação

A complicação é perseguido cinematograficamente, com uma mistura de imagens e linhas perfeitamente medidas que parecem flutuar. Nesse caso, o objetivo é criar o cenário para o clímax através das linhas que nos dizem porque lemos poesia e como a poesia está misturada no tecido humano. Note o momento contínuo da música com novos tons sendo introduzidos.

Ato 3: Clímax

Misturado entre a complicação e o clímax, nós temos as palavras de Whitman. As imagens agora são focadas em indivíduos – em feitos individuais e conquistas. O clímax acontece no final e parte logo para a inversão.

Ato 4: Inversão

Somos convidados a “contribuir com um verso”. As imagens se movem mais rápido, como o passar das páginas de um livro, que nos dá um olhar na humanidade, na arte, peças e criação (ideias e ações iconicamente associadas a Apple).

Ato 5: Desfecho

O conceito é simples aqui. Williams nos deixa com um convite e o desfecho, mostrando novamente a visão de uma paisagem majestosa. Nós ‘saímos’ do anúncio com um convite para brincar, para criar. Como o artigo da Forbes chamado “O Anúncio mais recente da Apple é pura poesia” resume, “a empresa quer mostrar porque as pessoas amam e usam seus produtos. Eles podem ser metal, vidro e silicone, mas o que você está comprando é a experiência.”
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Bio do Autor:

by Shireen Qudosi

Shireen Qudosi is Benchmark Email's Online Marketing Specialist and Small Business Advocate. An Orange County based writer, Shireen specializes in online marketing and public relations. She has written for over 75 publications and has launched nine successful new media campaigns to date. Her work has been featured in the New York Times, Denver Post, the Oklahoman and Green Air Radio, among others.